sábado, 28 de abril de 2018

MELHORES FILMES PORTUGUESES DE SEMPRE. Best Portuguese Films of All Time


MELHORES FILMES PORTUGUESES DE SEMPRE
Best Portuguese Films of All Time



“Aniki Bobó” (1942). Manoel de Oliveira


- “A Canção de Lisboa” (1933). José Cottinelli Telmo
 A forma como Vasco Santana interpretou um estudante marialva ficaria na memória dos espetadores. Inclui como atores Beatriz Costa e Manoel de Oliveira (ele mesmo, o futuro realizador)


- "O Pai Tirano" (1941). António Lopes Ribeiro 
 Outro filme único na nossa cinematografia - prova evidente de que o seu realizador, António Lopes Ribeiro, era não só um produtor de rasgo e um divulgador de mérito mas também um cineasta capaz de assinar um trabalho que transcendeu a sua época. Como Jean Renoir faria muito mais tarde em A Comédia e a Vida, aqui também o cinema e o teatro se enlaçam na banal existência quotidiana, gerando de caminho um singular retrato de um certo Portugal desses anos em que a guerra assolava o mundo. É um filme cheio de segundas intenções, começando pelo próprio título, e também percorrido por momentos antológicos protagonizados por excelentes actores, como Ribeirinho, Teresa Gomes, de novo Vasco Santana e uma fugaz diva do cinema português chamada Leonor Maia que passaria a ser conhecida por Tatão, o nome da sua personagem em O Pai Tirano. Haverá maior enlace entre a comédia e a vida?


- “Aniki Bobó” (1942). Manoel de Oliveira 
 A primeira longa-metragem de Manoel de Oliveira é um exercício notável de realismo poético e um retrato precioso sobre o Porto da primeira metade do século XX. Teve pouca aceitação à época: Oliveira estava claramente à frente do seu tempo.


- “O Pátio das Cantigas” (1942). Francisco Ribeiro, "Ribeirinho"
 Um dos mais populares filmes de sempre, concentrando os talentos de Vasco Santana, António Silva e Ribeirinho (enquanto ator e realizador)


- “O Leão da Estrela” (1947). Arthur Duarte
 Os filmes promotores dos valores do Estado Novo vieram a ser muito criticados, mas a interpretação de António Silva, de um ardente adepto sportinguista, foi muito além disso.


- “Os Verdes Anos” (1963). Paulo Rocha
 O filme de Paulo Rocha é o espelho da sua época, evocando a transformação de modernidade que atingia Lisboa e Portugal no início dos anos 60.


- “Recordações da Casa Amarela” (1989). João César Monteiro
 Um dos filmes mais equilibrados do “enfant térrible” João César Monteiro, conquistou um Leão de Prata no festival de Veneza.


- “Non ou a Vã Glória de Mandar” (1990). Manoel de Oliveira
 Uma reflexão de Manoel de Oliveira sobre a História de Portugal, tendo a guerra colonial como cenário.


- “Balas e Bolinhos” (2001). Luís Ismael
 Luís Ismael provou que também se podia fazer “cinema alternativo de série B” à portuguesa, tendo assinado duas sequelas.


- "No Quarto da Vanda" (2001). Pedro Costa
 The film follows the daily life of Vanda Duarte, a heroin addict, in the shanty outskirts of Lisbon. The film's focus is also on the community of the district and its townscape. No Quarto da Vanda follows the drama film Ossos (1997) in which Vanda Duarte plays as an actress.
 The film took a year to shoot after the (mostly) one-person crew settled in the location, Fontainhas district, where Vanda and the community including Cape Verdean immigrants lived depressed lives.
 In spite of its three-hour length, the director Pedro Costa made the film in a realist style by using fixed shots entirely. Melancholic life of the community was shot on DV in a low-key way. 


- “Aquele Querido Mês de Agosto” (2008). Miguel Gomes
 Aquilo que fora um projeto de cinema falhado (por falta de orçamento) tornou-se um excelente “documentário” sobre a emigração, pela mão de Miguel Gomes.


- "As Mil e Uma Noites" (2015). Miguel Gomes
As Mil e Uma Noites - Volume 1, O Inquieto
As Mil e Uma Noites - Volume 2, O Desolado
As Mil e Uma Noites - Volume 3, O Encantado

 
Miguel Gomes está atascado, casi angustiado. En Viana do Castelo un municipio cercano a la frontera con Galicia más de 600 trabajadores van a ser despedidos de los astilleros, una noticia que naturalmente copa las portadas de todos los medios. En el mismo lugar y al mismo tiempo, un paisano ha inventado un arma de fuego para combatir -con la ayuda de los bomberos- una plaga de avispas asiáticas que amenaza a la producción local. Ambos acontecimientos reclaman la atención de Miguel Gomes, un cineasta que aunque es consciente de ello se siente incapaz de establecer relación entre ambas historias, no sabe cómo contarlas, pero siente que tiene el deber de hacerlo. Ante esa encrucijada, la cobardía da un paso al frente y Miguel Gomes decide huir.
 Así comienza Las mil y una noches, la heterodoxa no-adaptación de
Miguel Gomes del clásico literario que pretende atrapar el ánimo de Portugal durante el austericidio. Obviamente la huída del director nada más comenzar la película es un recurso, pero sirve en primer lugar para avanzarnos el tono de la película con la realidad y la ficción caminando de la mano; y en segundo lugar, sirve también para ceder el testigo a Sherezade quien se encargará de narrar las historia del “más triste país entre los países”.
 El origen de las historias con las que en esta ocasión Sherezade entretiene al Rey está disperso por toda la geografía de Portugal. Un grupo de periodistas se encargó durante doce meses, entre 2013 y 2014, de recorrer el país para encontrar y recopilar distintas historias sobre la realidad de la población. Un población que sufría, en esos mismos meses, las consecuencias de un programa de austeridad injusto desde el punto de vista social -y más que debatible desde el punto de vista económico-. Así, con el incuestionable discurso de la tecnocracia europea presente -ya saben: no hay alternativa, se ha vivido por encima de las posibilidades, etc.-
Miguel Gomes y su productora, la interesante O Som e a Fúria, decidieron demostrar que hay alternativa al menos a la hora de hacer cine y rodando “por encima de sus posibilidades” se embarcaron en una especie de superproducción independiente sin otro objetivo que buscar los límites para luego traspasarlos.

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